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NR37 | AVANÇADO





          TEXAS CITY (Texas, EUA): Ocorreu transbordamento de líquido e vapor de hidrocarboneto originada por uma
          ventilação atmosférica da torre, após o acionamento do sistema de proteção contra sobrepressão, causado pelo
          enchimento excessivo e superaquecimento do conteúdo da torre na unidade de isomerizaçao (ISOM). Uma contra-
          explosão de um caminhão incendiou essa emissão inflamável. Uma das principais etapas críticas de segurança no
          processo  de  partida  do  sistema  era  o  uso  do  procedimento  que  não  foi  concluído.  Além  disso,  houve  vários
          problemas sérios com itens de equipamentos críticos de segurança que não haviam sido resolvidos antes do início
          partida, incluindo uma válvula de controle de pressão inoperante, um alarme de alto nível com defeito na torre
          divisória, um visor defeituoso usado para indicar os níveis de fluido na base da torre divisória e o transmissor vital
          de nível da torre divisória não havia sido calibrado. Redução de gastos, deficiência no investimento, e pressões para
          a produção prejudicaram o desempenho dos processos de segurança.


          DEEPWATER HORIZON (Golfo do México): Uma causa central da ruptura foi a falha de uma barreira de cimento,
          permitindo que os hidrocarbonetos fluíssem pelo poço, através do riser e para a plataforma, resultando na ruptura.
          Os aríetes de cisalhamento cegos falharam ao fechar e vedar completamente devido a uma porção de flambagem
          do tubo de perfuração entre os blocos de cisalhamento. As empresas não usaram uma ferramenta de diagnóstico
          para testar a resistência do cimento. Outra falha foi ignorar um teste de pressão que havia falhado. Todas as falhas
          foram resultado de má gestão de riscos, alterações de última hora nos planos, falha em observar e responder a
          indicadores  críticos,  resposta  inadequada  ao  controle  de  poços  e  treinamento  insuficiente  de  resposta  a
          emergência das equipes.


          Sobre a relação de custos com o tema segurança de processo, é um fato de que para manter a performance dos
          processos, é necessário que se gaste com projeto, operações, manutenção e etc. No entanto, é preferível que haja
          um despendimento de recursos financeiros para atender a demanda e manter a eficiência operacional desejada ao
          ter de encarar acidentes catastróficos por falta de manutenção, por exemplo, que pode gerar custos exorbitantes
          a depender do grau de perdas materiais.


          Geralmente em acidentes de processos, essa perda material é muito considerada, uma vez que para reparar o
          desastre, muitas empresas podem ir à falência.

          7.3 RELAÇÃO ENTRE TFCA X SEGURANÇA DE PROCESSO

          A Taxa de Frequência de Acidentes com Afastamento (TFCA) diz respeito ao número de acidentados com lesão com
          afastamento por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em determinado período e deve ser expressado
          através da seguinte fórmula:

                                        TFCA= (N x 1.000.000)/H



          Sendo:

             •  TFCA:  Taxa de frequência de acidentados com lesão com afastamento;

             •  N: Número de acidentados com lesão com afastamento;
             •  H: Horas-homem de exposição ao risco.





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