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NR37 | AVANÇADO
Figura 1: Triângulo ALARP de tolerância de risco
Nas unidades marítimas, este documento precisa ser largamente difundido e seguido, tendo em vista que à bordo
os trabalhos podem ser caracterizados como contínuos, complexos e perigosos: Contínuos pois o sistema de
produção não cessa; complexos pois partes dos sistemas são interligados, dificultando prever cenários e ampliando
as chances de situações adversas em cadeia; e perigosos pois se tratam de atividades relacionadas à produção de
óleo e gás que possuem potencial para causar acidentes de grande escala, levando até mesmo pessoas à morte.
Sendo assim, a APRT vem com um papel fundamental de mapear perigos presentes no local e adjacentes à ele,
dando uma visão adequada para quem trabalha sobre quais medidas de segurança adotar a depender do cenário
real, evitando ocorrências não desejáveis por falta de planejamento.
1.2 FATORES EXTERNOS VERSUS PERCEPÇÃO DE RISCOS
No mundo em que vivemos, o risco zero não existe. Em tudo que é feito existe uma possibilidade, mesmo que
ínfima, de ocorrer um imprevisto, um erro, podendo tudo mudar em uma simples tarefa rotineira. No ambiente
industrial marítimo, ao lidar com máquinas e equipamentos, o objetivo de gestores e colaboradores deve ser o de
estar o mais próximo possível do risco zero.
Para melhor alusão, risco está associado à probabilidade de ocorrência de um acidente e a intensidade dos danos
ou perdas causadas por essa ocorrência. Ou seja, é a possibilidade de acontecer algo, seja negativo ou positivo.
Porém o foco deste assunto são os riscos negativos.
Já a percepção de riscos, é a ação tomar consciência, por meio dos sentidos (audição, tato, visão, olfato, paladar),
de algum perigo iminente, tomando a decisão adequada para evitá-lo.
Por mais que seja feito mão da prevenção, as condições laborais podem mudar, principalmente no cenário dinâmico
das plataformas. Por isso, é importante que todos os envolvidos em uma determinada atividade sempre trabalhem
a fim de evitar acidentes, identificando as situações de riscos.
Muitos comportamentos arriscados no ambiente laboral podem ser associados à falta de percepção do risco, à
ausência de medidas de controle eficientes para prevenção de acidentes e até à falta de comprometimento dos
colaboradores com a sua segurança e de seus colegas de trabalho. O comportamento de risco é individual, ou seja,
depende da atuação de cada um, porém, cabe ressaltar que a atitude de um pode afetar vários outros.
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